Aquífero GuaranI




AQUÍFERO GUARANI
Rui de Carvalho

Nasce dos pingos das chuvas
Um rio, o qual ninguém vê
Que vêm das entranhas da terra
Luxúria da natureza

E ao transbordar em pureza
Me banha e me mata a sede
Mas não se sabe até quando
No tempo das espertezas

É generoso em riqueza
Dos rios, és o mais profundo
segue com a calma e tristeza
Das incertezas do mundo

E solta seu grito de horror
Das malvadezas tiranas
Dos lixos, vilões poluentes,
Última reserva humana

Se esconde feito um bandido
Serpenteia como Caninana
Sagaz igual Suçuarana
Da ira de quem não o ama

Cobiçado e ameaçado
Maltratado vai sucumbir
E não brotará mais em água
O Aqüífero Guarani